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Fraturas do Rádio Distal (Fraturas do Punho)

O que são?

As fraturas do terço distal do punho, tradicionalmente chamadas de fraturas do punho, são fraturas que acometem o osso rádio na sua porção mais distal (perto da articulação do punho). As fraturas do punho, também englobam as fraturas dos ossos do carpo como o escafóide e da ulna, porém como a fratura do rádio distal é muito mais comum que as demais, ficou popularmente conhecida como a fratura do punho. 

Quem está mais acometido?

Qualquer indivíduo pode sofrer uma fratura do punho, porém elas costumam ser mais frequentes em crianças entre os 10 e 15 anos e nos pacientes acima de 60 anos de idade.  Nos adultos jovens, a fratura está mais associada a traumas de alta energia como quedas de grandes alturas, acidentes automobilísticos ou motociclísticos. Quanto maior a energia no acidente, maior vai ser a gravidade da fratura e mais individualizado precisar ser o seu tratamento. Nos pacientes acima de 60 anos, os traumas de baixa energia predominam e já são considerados por muitas vezes uma fratura da osteoporose. O que significa a necessidade de tratamento clínico da Osteoporose a fim de evitar fraturas mais graves como as fraturas do fêmur. 

Qual é o mecanismo de trauma?

O mecanismo mais comum é a queda com o punho estendido o que provoca uma tensão na porção anterior do punho e uma compressão na porção posterior do punho o que leva o padrão tradicional de fratura do rádio distal. 

Anatomia 

O punho é formado pelos terços distais do osso rádio e ulna, os pequenos ossos do carpo (no total 8, sendo um deles o escafóide) e a base dos metacarpos. Esses ossos são presos entre si por ligamentos que, em harmonia, mantém a função do punho. O rádio é o osso mais comumente fraturado e ao perder seu formato habitual, leva a um desbalanço nas outras articulações, provocando perda de movimento e/ou dor no punho para as atividades cotidianas ou mesmo em repouso. 

Exame clínico e físico

O paciente com uma fratura do terço distal do rádio apresenta alguns sintomas como dor, impotência funcional para movimentar o punho, edema (inchaço), hematoma e deformidades.Dentre as deformidades possíveis, a mais clássica é a deformidade em "dorso de garfo" que representa uma fratura do terço distal do rádio desviada.   Além dos sintomas descritos, existem ainda alguns sintomas que quando encontrados o seu tratamento precisa ser conduzido com urgência, seja:- Dormência nos dedos, o que pode significar uma compressão aguda do nervo mediano na região do túnel do carpo- Ferida na pele com ou sem exposição clara dos ossos, o que pode ser considerada uma fratura exposta NOTA: Alguns pacientes possuem uma boa tolerância a dor e, portanto, podem apresentar uma fratura do terço distal do rádio (geralmente mais branda, porém já vi casos de fraturas desviadas) com pouca dor, o que pode levar a um atraso na procura de atendimento.

Diagnóstico

A suspeição da fratura do rádio distal é feita após o exame clínico e físico, porém é necessário a realização de exames de imagem para a confirmação como radiografias. Nelas é possível fazer o diagnóstico, classificar a gravidade e determinar qual é o próximo passo a ser realizado no tratamento.

Tratamento

O tratamento das fraturas de rádio distal varia bastante de acordo com a fratura, a idade do paciente e a demanda funcional. Em caso de fraturas não desviadas ou mesmo com pouco desvio, o tratamento conservador com a colocação de uma tala ou gesso pode ser o suficiente.  Em casos nos quais a fratura encontra-se desviada é necessário a redução da fratura (colocação do osso no lugar) e um procedimento complementar. Esse complemento depende de alguns critérios que ajudam o cirurgião na probabilidade dessa fratura se manter na posição somente com imobilização ou caso seja necessário a cirurgia. Fraturas com grandes desvios, na articulação, cominuição (fragmentação da fratura em pequenos pedaços) e principalmente qualidade do osso, são alguns critérios de instabilidade. A estabilização de uma fratura por meio de cirurgia pode ser realizada utilizando diversos materiais, sendo uma placa e parafusos de titânio o mais comumente utilizado. Contudo, em alguns casos a cirurgia pode ser feita com fios de Kirshnner, somente parafusos ou até mesmo fixadores externos. O Importante é a redução da fratura para os parâmetros ideais.

Dr. João Paulo Mussi Simões de Souza
Cirurgião da Mão, Cirurgia do Cotovelo, Traumatologia, Microcirurgia
Clínica Felizmed 
 

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